CULINÁRIA DO PARÁ
Culinária
do Pará
A mandioca
A Culinária do Pará apresenta como maior influência a cultura indígena e,
um pouco da portuguesa e africana. Os ingredientes básicos são oriundos
da exuberante natureza da Amazônia, como camarão, caranguejo,
marisco, peixe, aves, caça, pato, todos temperados com folhas(maniva,
chicória, coentro), pimentas de cheiro e ervas. São cozidos em panelas
de barro ou assados em moquéns e embebidos de tucupi. Comem-se até a
larvas de insetos e ovos de diferentes aves.
Servidos
em cuias, em casulos de folhas de banana, em recipientes de barro e até
em toscas urupemas dando um sabor agradabilíssimos aos pratos do Pará.
A mandioca
Das
farinhas retiradas da mandioca, a mais apreciada é a d'água.
Antigamente, a farinha d'água equivaleria a um pão de trigo; a farinha
seca a uma broa; com a carimã faria-se mingaus e, com a tapioca,
faria-se beijus, também conhecidos como "tapioca" ou "tapioquinha", têm a
forma de uma panqueca e podem levar vários tipos de recheios como chocolates, varios tipos de queijos, ou geleias(mais conhecidas como "doces") como o de cupuaçu por exemplo, sendo que a forma mais comum de comer a tapioquinha é apenas com manteiga ou com coco ralado.
A
tapioquinha é consumida frequentemente com café da manhã ou lanche da
tarde, geralmente acompanhada de café com leite. É uma iguaria de gostos
suave porém característico e pode ser encontrada em estabelecimentos
simples, carrinhos, lanchonetes e existem até Tapiocarias, Lanchonetes
que vendem apenas tapiocas com mais variados tipos de recheios.
Há também o tucupi,
caldo amarelo extraído da mandioca, que não dá para descrever seu
maravilhoso sabor sem prová-lo, seja acompanhado com carne, peixe,
mariscos ou puro, quente-quase fervendo, com ou sem jambu. E, sem
esquecer, a iguaria do estado, o pato no tucupi. Inicialmente, a
mandioca e seus derivados era consumida apenas pelos pobres e pelos
índios, mas com o passar do tempo, tornou-se ingrediente indispensável
na mesa de todos os paraenses.
Pratos Típicos
Pato no tucupi constituído
de pato, tucupi e jambu. O tucupi é um caldo amarelo extraído da
mandioca e por isso precisa ser cozido durante uma semana. O pato,
depois de assado, é cortado em pedaços e fervido no tucupi, onde fica de
molho por algum tempo. O jambu é fervido em água com sal, escorrido e posto sobre o pato. É servido com arroz branco e farinha de mandioca.
Maniçoba do tupi Maní, deusa da mandioca. Usa-se uma tipicamente uma panela de barro ou de porcelana. Prato de aspecto duvidoso, demora pelo menos uma semana para ser feito, pois a folha da maniva (a planta da mandioca), depois de moída, deve ser cozida durante pelo menos quatro dias, com a intenção de eliminar o ácido cianídrico que contém. Depois disso é
acrescentado o charque, toucinho, bucho, mocotó, orelha, pé e costelas
salgadas de porco, chouriço, linguiça e paio, praticamente os mesmos
ingredientes de uma feijoada completa. É servido com arroz banco, farinha d'água e pimenta de cheiro a gosto.
Caruru feito com quiabo, camarões secos e inteiros, tempero verde (alfa-vaca e chicória), farinha seca bem fina e azeite de dendê.
Após fervidos o quiabo, o tempero verde e os camarões na água,
acrescenta-se a farinha e faz-se um pirão. Estando pronto o pirão,
adicionam-se lhe os quiabos bem escorrido, o camarão já refogado com
todos temperos e, por ultimo, o azeite de dendê.
Tacacá de origem indígena, é um mingau quase líquido, servida em cuia e vendida pelas "tacacazeiras", geralmente ao entardecer, na esquina das principais ruas das cidades Paraense, sobretudo Belém. É constituído de uma mistura que leva tucupi, goma de tapioca cozida, jambu e camarão seco.
Vatapá está comida paraense não leva peixe, nem amendoim, nem castanha de caju. Ao caldo da cozedura das cabeças e das casca de camarão salgado perfumado com alfa-vaca chicória, alhos e cheiro verde, adiciona-se farinha de trigo ou de arroz, obtendo-se um mingau. Acrescenta-se o leite de coco puro, camarão já fervido e azeite de dendê.
Chibé
vocábulo do tupi, composto de Che-eu, meu-e lbe ou Tibe-caldo. É
considerada a mais de todas as comidas. Uma bebida com um gosto
levemente acidulado, leva farinha de mandioca e água. Muito nutritiva,
pois após de ser processada, a mandioca ultrapassa, em dobro, ou mais até a quantidade da maioria de seus elementos nutritivos.
Caribé:
mingau feito com farinha d’água bem fininha, água, sal e
manteiga. depois de misturado os ingredientes levados ao fogo por 7 minutos. Tradicionalmente tomado na cuia ou em xícara. Diz
a crença ser alimento forte, que levanta as forças, quando tomado, em especial,
em jejum.
Cuscuz:
iguaria que se faz com farinha de milho e é cozida à vapor. Por cima salpica-se
coco ralado e ainda derrama-se algumas colheradas do leite do coco.
Peixes e mariscos
Pirarucu, Tambaqui,
Tamuatá, Acará,
Tucunaré, Gurijuba,
Dourada, Pescada, Aracu, caranguejo.
Doces
A sobremesa paraense é rica em
frutas, principalmente vindas da Amazônia e licores. Os principais frutos que marcam a culinária regional são: açaí,
cupuaçu, pupunha, guaraná e a manga, facilmente colhida em qualquer rua da
capital paraense. O musse de Cupuaçu é muito saboroso, se faz com uma lata de
leite condensado, uma de creme de leite e a mesma medida do creme de Cupuaçu,
se preferir pode acrescentar açúcar a gosto. Depois de bater todos os
ingredientes no no liquidificador põe-se em um pirex e leva-se a gelar. O musse
de cupuaçu pode também ser usado como cobertura para tortas.
Não se pode esquecer também
outras frutas regionais de sabor peculiar, tais como bacuri, taperebá, jaca,
muruci e a doce e suculenta sapotilha.
Quelônios
Tracajá, Aperema, Mucuã, Tartaruga, Jabuti, Matamatá
Tracajá, Aperema, Mucuã, Tartaruga, Jabuti, Matamatá
Produtos de origem vegetal
Abiu Fruta com polpa branca ou
amarelada, doce ou insípida, tende a deixar os lábios levemente pegajosos por
ser mucilaginosa. É consumida in natura. O abieiro
frutifica em julho e dezembro.
· Açaí Presente na mesa dos
paraenses do café da manhã ao jantar hoje é forte representante da economia
local. Servido com farinha de mandioca ou farinha de tapioca na cuia de açaí.
Também utilizado no almoço como prato principal, acompanhado de peixe, camarão
ou charque fritos. É encontrado em duas
colorações: o açaí roxo e o açaí branco, cuja polpa fornece um suco de cor
creme claro. Do açaizeiro ainda é produzido o palmito de açaí, extraído da base
da copa, bastante utilizado na culinária regional, em pratos finos.
· Ajuru Faz a alegria da população
praiana e é comercializado pelos nativos que os oferecem aos freqüentadores
eventuais acondicionados em pequenos paneiros.
· Araçá fruta rica em vitamina C, muito utilizada em sucos e doces.
Acerola fruta rica em vitamina C, muito utilizada em sucos e sorvetes.
Muruci pequena fruta amarela, levemente ácida mas muito saborosa, utilizada em sucos e sorvetes e cremes.
Bacaba. Para a obtenção da bebida
procede-se da mesma forma que no preparo do açaí.Obtém-se assim um líquido de
cor parda, servido gelado com açúcar, farinha de tapioca ou farinha-d'água.
Deliciosa e refrescante, a bacaba é, no entanto, menos popular que o açaí.
Muito usada também para fazer sorvetes.
Bacuri genuinamente Paraense. É apreciadíssimo por todos quer em estado natural, ou em forma de sorvetes, sucos, compotas e sobremesas as mais variadas, além de coquetéis, sejam estes apenas de frutas, sejam utilizando-se bebidas alcoólicas. Restaurantes especializados em comidas típicas do Pará, tem utilizado o Bacuri na composição de deliciosos pratos salgados, em formas de molho ou purês.
Biribá consumida em estado natural e aproveitada para fazer sucos e sorvetes. Floresce de julho a setembro. Mas, pode ser encontrado no decorrer do ano nas feiras populares
Piquiá preciado mais pela população
de baixa renda que o consome cozido, roendo a polpa direto do caroço,
acompanhado de farinha de mandioca ou acrescentando-o, livre das cascas, no
feijão, na carne cozida ou no arroz. Também usado no café preto.
Muruci pequena fruta amarela, levemente ácida mas muito saborosa, utilizada em sucos e sorvetes e cremes.
Buriti muito útil para o ribeirinho que dele tudo aproveita para sua alimentação e outras necessidades cotidianas como bebida natural ou fermentada, doces dos frutos, óleo e féculas, sabão e material para casas.
Cacau consumido natural ou em forma de suco. Utiliza-se o caroço para fazer chocolate.
Caju consumido como suco, é presença quase que diária na mesa paraense.
Camu-camu apreciado na forma de sucos, doces, sorvetes e licores.
Carambola
tem um sabor muito ácido, sendo apropriadas para sucos e sorvetes o que
não impede de ser consumida de forma natural. Compotas e geleias também
são produzidas com excelente resultado.
Castanha do Pará um dos mais expressivos produtos da nossa economia extrativista, com
significativo índice no mercado de exportação. A castanheira-do-Pará é
excelente alternativa para reflorestamento de áreas degradadas de pastagens ou
de cultivos anuais, tanto para a produção de frutos como para a extração de
madeira. Vale ressaltar que a Castanha-do-Pará tem alto teor de Ferro, sendo importante coadjuvante no tratamento de Anemia Ferropriva.
Cupuaçu o suco está presente na mesa do paraense e em qualquer lanchonete,
restaurante e casas especializadas. Também é muito consumido, como sobremesa,
em forma de sorvete ou creme.
Fruta pão conhecida
por fruta-pão de caroço, que apresenta numerosas sementes
comestíveis e
polpa não-comestível As sementes
do fruta-pão de caroço podem ser consumidas assadas, torradas, ou
fervidas água e sal; outrossim possibilitam a extração de farinha
alimentícia bastante
nutritiva. Experimente fervidas em água e sal com café e uma delicia.
Goiaba Consumida ao natural ou como sorvete e suco. Os grelos (pontas dos
ramos da goiabeira) são muito utilizados em forma de chá para combater a diarréia infantil.
Graviola é
cultivada em quintais e em grandes plantações. Consumida em estado
natural ou sob a forma de sorvetes, cremes, coquetéis e as folhas sob
forma de chá.
Inajá é abundante no Pará. É
cultivada em quintais e em grandes plantações. Consumida em estado natural ou
sob a forma de sorvetes, cremes, coquetéis e as folhas sob forma de chá.
Ingá-cipó consumido
em estado natural, desconhecendo-se outra maneira de apreciá-lo.
Jaca consumida
ao natural ou em forma de sorvete e compota. Seu talo central pode ser
temperado e assado como se fosse carne bovina.
Jambo da mesma árvore retiram-se frutos adocicados e outros muito travosos.
São sempre consumidos ao natural. Também consumidos em forma de geléia ou de
creme.
Jenipapo muito
utilizado para fazer licor.
Manga uma manga fresca contém cerca de 15% de açúcar,
até 1% de proteína e quantidades significativas de vitaminas, minerais e antioxidantes,
podendo conter vitamina A, B e C. Graças à alta quantidade de ferro que contém, a
manga é indicada para tratamentos de anemia e é benéfica para as mulheres
grávidas e em períodos de menstruação. Pessoas que sofrem de câimbras, stress
e problemas cardíacos, podem se beneficiar das altas concentrações de potássio
e magnésio existentes que também auxiliam àqueles que sofrem de acidose. Também
há relatos de que as mangas suavizam os intestinos, tornando mais fácil a
digestão.
Mangaba o fruto tem uma polpa mole, viscosa, com um sabor doce, acidulado, muito gostoso.
É ideal para o preparo de sucos e sorvetes.
Maracujá possui um formato arredondado e sua casca, na fase madura, apresenta-se na cor amarela.. Junto com a polpa, também de cor amarela, encontra-se uma grande quantidade de caroços (sementes). O maracujá, famoso por seu ativo calmante, é rico em vitaminas do complexo B e sais minerais, como cálcio, ferro e fósforo. Quando ingerido, dá ao organismo betacaroteno, que é transformado em vitaminas A, C, B2 e B3. Além disso, também contém uma substância chamada passiflorina ou maracujina, que tem propriedades sedativas, mas não é prejudicial a saúde pois não causa dependência.
Marajá também facilmente encontrado
no Marajó, do marajá pouco se come. Sua pequena polpa é rala e adocicada. É
comum ser vendido nos meses de março e abril.
Pupunha cozida
com pitadas de sal é vendida em qualquer esquina da cidade. Entretanto, já há
algum tempo, pessoas interessadas em tornar mais abrangentes e mais
enriquecedoras as possibilidades de uso da pupunha tentam, artesanalmente ou
não, a fabricação de licores, sorvetes, doces em calda ou pastosos com ótimos
resultados. Rica em nutrientes, faz parte também da economia local. Vem sendo
utilizada nos restaurantes típicos como acompanhamento de carnes, caramelizada
ou como purê.
Taperebá apreciadíssimo
sob a forma de sorvetes, sucos, picolés e doceria em geral, o ponto alto do
taperebá é a famosa “batida” encontrada dos botecos às mais sofisticadas
recepções.
Tangerina é
uma fruta indicada para benefícios de curar diversas doenças. Devido
as propriedades da Tangerina, traz alto poder de cura. A tangerina, com
vitaminas A, C e do complexo B, é indicada como diurética,
calmante, anti-inflamatória, laxante, analgésica, acalma a tosse e a
febre.
Além disso, quando ingerida com o bagaço, facilita a formação de
resíduos que
melhoram o funcionamento do intestino.
Tucumã contém
um suprimento vitamínico excepcional. Fonte de pro-vitamina A, B1 e vitamina C.
A população, mormente a interiorana e a ribeirinha que, seguramente, o consomem amiúde, está mais do que beneficiada.
Umari nativo e exclusivo do Pará. O povo gosta de consumi-lo ao natural ou com
farinha de mandioca.
Uxi consumida
quer naturalmente que acompanhada de farinha de mandioca, com certeza é
complemento muito importante na alimentação cabocla e entre a classe de baixa
renda, na capital e cidades maiores. Utilizada também em forma de sorvete.
MUITO BOM...
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